sábado, 10 de setembro de 2011

Governo acelera processo para construção de novos institutos federais de educação

Prefeitos das cidades selecionadas já foram orientados a destinar o melhor terreno disponível no município para que a licitação possa ser feita
O ministro da Educação, Fernando Haddad, informou hoje (9) que as obras das 208 novas unidades dos institutos federais de educação profissional e tecnológica anunciados pelo governo federal já estão saindo do papel. Segundo ele, os prefeitos das cidades selecionadas já foram orientados a destinar o melhor terreno disponível no município para que a licitação possa ser feita.
“Vamos utilizar o projeto padrão do ministério para evitar ter que contratar projeto básico e executivo. Vai ser uma escola padrão. Se o terreno não exigir terraplanagem, a licitação pode ser feita em seguida. Já há previsão no Orçamento 2012 para essas obras”, informou, ao participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, da EBC.
Ele falou também sobre a criação de quatro novas universidades federais, a abertura de 47 novos campi universitários. O ministro informou que entre os critérios para a escolha das localidades que receberão os campi universitários pesaram a demanda de alunos e a necessidade de interiorização e, no caso dos Ifets, o critério adotado pelo governo foi a pobreza.
“Nós estamos avançando no chamado G-100, que são as 100 cidades do país com maior número de habitantes - mais de 80 mil habitantes - e arrecadação per capita ao ano inferior a R$ 1 mil. Então, o critério foi o G-100 e os Territórios de Cidadania, que são aquelas regiões muito deprimidas do país, onde há pouco investimento público-privado “, disse.
O ministro frisou q ue, quando instalada uma unidade de um Instituto Federal nessas localidades, formam-se pessoas qualificadas para qualquer atividade econômica, o que atrai investimentos. ” O desafio na educação profissional e na educação superior é garantir, nesta década que se inicia, uma expansão qualificada dos cursos e das oportunidades”, completou.
As novas universidades federais serão instaladas no Pará, na Bahia e no Ceará. Outras 12 universidades federais, de 11 estados, ganharão 15 novos campi, completando 27 unidades. Até o fim de 2012, o governo federal deve concluir a implantação de 20 unidades, distribuídas entre 12 universidades federais localizadas nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste.
Durante a entrevista, Fernando Haddad mencionou também o Plano Nacional de Educação, cujo projeto de lei está no Congresso Nacional para votação. O governo espera, com isso, aumentar os investimentos em educação de 5% para 7% do Produto Interno Bruto, compromisso de campanha da presidenta Dilma Rousseff.
Segundo ele, a fonte pode ser o pré-sal. Entretanto, é a votação do Plano que vai definir tanto o percentual do PIB que vai ser investido em educação como a fonte do financiamento. “Eu penso que o momento é decisivo para orientar a próxima década”, ressaltou.
Questionado sobre a estratégia do governo para o combate ao analfabetismo, o ministro afirmou que o país está empenhado em diminuir as taxas e que vem realizando um trabalho importante. No entanto - disse Haddad - a grande dificuldade é de cunho logístico, uma vez que a concentração dos índices de analfabetismo está na zona rural, onde a taxa é superior a 18%.
“Não é por falta de recursos que nós não vamos avançar (...), não há restrição orçamentária para o combate ao analfabetismo, a dificuldade é logística (...). Nós estamos investindo meio bilhão de reais ao ano só para essa questão, e se precisarmos incrementar o orçamento para isso, nós temos liberdade, dada pela própria presidenta Dilma Rousseff”, disse.

Um comentário:

  1. Tiro o meu chapeu para o PT. Depois que chegou ao governo, a educação deu um salto para além das estrelas, principalmente, os Institutos Federais. Acho que seria muito bom para Jardim se o PT fizesse para da chapa que vai ganhar as eleições e eleger vereadores.

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